Thursday, April 15, 2010

Amor... é?

"Amor é fogo que arde sem se ver
É ferida que doi e não se sente
É um contentamento descontente
É dor que desatina sem doer"

Ah, o amor... que move o mundo desde o seu início. Move as vidas humanas. A gente nasce, cresce e se enche de problemas... e a única razão pra continuar vivendo é o amor. Mas há um equívoco na ideia desse sentimento tão sutil que prevalece na mentalidade humana. Camões e todos os românticos que me perdoem, mas em suma, não conheciam o amor.

E não só eles, como todos nós, pobres mortais, já sofremos desse engano. É porque lá no fundo, camuflada entre belas imagens e a busca pelo prazer, está a famosa e sedutora paixão. Ela, traiçoeira por excelência, é vendida tal gato por lebre aos quatro ventos, com o nome de amor. É ela que cega, algema, e mata qualquer ser humano.

Já o amor... é tão complexo que eu temo descrevê-lo em palavras. Porque amar é um exercício diário de desapego, de entrega. Da busca pelo prazer do próximo, o que é contrário à paixão, que nos induz à satisfação dos nossos próprios prazeres. Amar é deixar livre a pessoa amada, sem apego, sem exigências. É doar-se, é querer bem, com respeito e cuidado. É sentir prazer simplesmente por estar na companhia de alguém, e isso é eterno. Em todas as suas formas. E nada do que se faz por amor se perde. Fica na alma, mesmo que incompreendido.
E eu confesso, sem receio, que acho o amor muito complexo. Espero algum dia vivê-lo e entendê-lo dessa forma plena; pois embora haja esforço os meus sentimentos, hormônios e a própria sociedade me levam a cometer erros. Mas não desistirei.

Porque o amor é a única coisa não-perecível na vida.


*Para Flávio, que caminha comigo pacientemente, no meu aprendizado de amar.

Sunday, April 4, 2010

Reflexões sobre o tempo - em pleno inferno astral

Sim, caro leitor... o tempo passa para todos. E cá estou, prestes a pisar nos meus 19 anos com uma leve impressão de que o tempo passou rápido demais. Certa vez li num livro de história que essa impressão deve-se a muitas mudanças acontecendo ao mesmo tempo. Quando as coisas são monótonas e rotineiras, temos a impressão contrária. É como comparar meia hora curtindo com os amigos a meia hora esperando um vídeo carregar no youtube...

E pra mim, 5 de abril é a data mais nostálgica do ano. É hora de lembrar, involuntariamente, dos aniversários anteriores. De quando meu tio se vestiu de palhaço na festa e eu chorei de medo, das festas na escola - uma em que eu dei piti depois porque meus pais iam embora, e outra em que minha mãe fez o favor de me vestir de coelho e me embrulhar num lençol pra ser o ovo de páscoa da galera... da festinha de 7 anos em que minha mãe brigou porque meus amigos pegaram copos descartáveis pra conseguir mais bala do balão que estoura... e de quando eu parei de ligar pra aniversários.

A partir daí, eles foram mais sinceros. Pra resumir, uma vez jantei com a família numa churrascaria... e há suspeitas de que meu primo tenha quebrado o painel de vidro. Fiz festa com uma amiga que faz aniversário na mesma semana, e por fim... ano passado, estreando meus 18 anos, planejei assistir 'Operação Valquíria' com bons amigos, em pleno domingão.

O mais legal foi que erramos o horário do filme. E pra não perder a viagem, assistimos a 'Pagando bem, que mal tem'. Pra quem não viu, basta dizer que você realmente precisa ter 18 anos pra assistir, devido às suas cenas ridiculamente picantes... Ta, foi engraçado. Mas eu não ri...

Agora resta curtir o inevitável. Fazer 19 anos dá uma sensação de que está chegando a vida adulta... da qual, infelizmente, não há escapatória. Que bom seria se eu pudesse ser eternamente adolescente... síndrome de peter pan?

E este foi o meu último post com 18 anos.